De inopino chegou-me
novamente a faceira,
aquela mesma cuja
foto sorridente
até outro dia tive na
cabeceira,
e que só o fato de
admira-la,
me deixava contente.
Chegou, e ainda esbanjando
beleza, anunciou:
- Vim cumprir uma
promessa que te fiz,
a de te fazer feliz !
E me vendo pasmo,
completou:
- Não é uma
brincadeira,
ombrear-te quero para
seguirmos a carreira.
Respondi-lhe assim:
- Faceira, da
promessa eu também não esqueci,
por ela chorei, gemi,
num pranto silencioso
sofri,
e meu sofrimento,
que na verdade foi um
tormento,
me fez rude e
descrente
de qualquer promessa
feita por gente,
tua presença hoje
aqui,
me traz surpresa, mas
não retira
a decepção que se
instalou em mim.
Faceira, quando tu
prometes algo,
que faz o sentimento
do outro se sentir fidalgo,
não podes demorar a
cumprir.
Faceira veja só, nem
tua beleza
abala minha rudeza.
Faceira, siga tua
estrada,
te agradeço por me
procurar ,
mas a magia da tua
promessa
foi pelo tempo
vergastada,
é uma pena faceira, é
uma pena...
E a faceira,
abaixando a cabeça partiu,
sem olhar para trás,
para não ver mais,
o incrédulo que ela
mesmo construiu,
por uma promessa que
até cumpriu,
porém, numa hora já
passada,
muito, muito atrasada.
E acho que ela mesma
isso admitiu,
pois rápida e desabalada
seguiu,
quem sabe cumprir
alguma outra,
que o tempo ainda não
ruiu.
PARABENS Luciano, por mais este poema, lindo demais...Bauce
ResponderExcluirProfundo:))mabrouk brimo mais uma vez..
ResponderExcluirabraços..
kadija