Escreve
poeta,
coloque
em marcha a sua tarefa predileta,
não
é salutar que fique reprimido,
que
seus escritos sejam omitidos,
e nem quem os lê deve ser tolhido.
Escreve
poeta,
suas
palavras,
colocadas
ordenadas,
formam
as lições,
nas quais abeberam-se
as
subjetividades
das
variadas interpretações.
Escreve
poeta,
transborde
o seu sentir
para
que ele possa fluir,
e, assim,
com
a harmonia das letras,
seus
versos proporcionem
aos
detentores de sensibilidade,
a
boa possibilidade
de
se emocionarem, sentirem
sorrirem,
chorarem, evoluírem,
e
talvez até de não entenderem,
mas
permita-os que pensem.
Escreve
poeta,
do
seu coração brota sempre uma lição,
que
em realidade,
apesar
de parecer ficção,
é
um respeitável ponto de vista da razão.
Escreve
poeta,
e
observe bem que,
o
teor de seus rabiscos é sempre atual,
mas
coaduna-se com o passado
e
com um porvir desejado,
e
que, portanto, escrevendo,
seus
pensamentos serão eternizados.
Escreve
poeta,
para
que um dia seja lembrado,
como
um escritor que
certa
vez se enfastiou,
parou,
descansou,
e
valente a pena empunhou,
a
escrita retomou,
e
que novamente idealizou,
o
sorriso na dor,
o
poder da conquista de uma simples flor,
o
amargo como um mero sabor,
a
simplicidade no doutor,
a
bondade no malfeitor,
a
frieza do calor,
e
que atribuiu maior valor,
ao
verdadeiro amor.
Escreve
poeta,
é
sua sina,
vaticina.
Escreve
poeta, escreve...