sexta-feira, 27 de julho de 2012

ESCREVE POETA


Escreve poeta,

coloque em marcha a sua tarefa predileta,

não é salutar que fique reprimido,

que seus escritos sejam omitidos,

e nem quem os lê deve ser tolhido.

Escreve poeta,

suas palavras,

colocadas ordenadas,

formam as lições,

nas quais abeberam-se

as subjetividades

das variadas interpretações.

Escreve poeta,

transborde o seu sentir

para que ele possa fluir,

e, assim,

com a harmonia das letras,

seus versos proporcionem

aos detentores de sensibilidade,

a boa possibilidade

de se emocionarem, sentirem

sorrirem, chorarem, evoluírem,

e talvez até de não entenderem,

mas permita-os que pensem.

Escreve poeta,

do seu coração brota sempre uma lição,

que em realidade,

apesar de parecer ficção,

é um respeitável ponto de vista da razão.

Escreve poeta,

e observe bem que,

o teor de seus rabiscos é sempre atual,

mas coaduna-se  com o passado

e com um porvir desejado,

e que, portanto, escrevendo,

seus pensamentos serão eternizados.

Escreve poeta,

para que um dia seja lembrado,

como um escritor que

certa vez se enfastiou,

parou, descansou,

e valente a pena empunhou,

a escrita retomou,

e que novamente idealizou,

o sorriso na dor,

o poder da conquista de uma simples flor,

o amargo como um mero sabor,

a simplicidade no doutor,

a bondade no malfeitor,

a frieza do calor,

e que atribuiu maior valor,

ao verdadeiro amor.


Escreve poeta,

é sua sina,

vaticina.

Escreve poeta, escreve...