domingo, 25 de março de 2012

ÚRTIMA PROSA


- Véia, vem cá sênti aqui.

- Péra ai.

- Vem véia ! Perciso falá agora.

- Mas isso é hora?

Tá bão, quié?

-Véia, eu tavo aqui pensano.

-Quê? Fala mais arto Cipriano.

- Véia, nessa vida nóis só trabaiemo

e dos fio cuidemo,

e ficô só nóis dois.

Jerônimu virô dotô,

labuta no hospitar,

lá na capitar.

Jandira, fêssora,

não quis sabê da bassora,

- Pru módi quê ta falano isso véio?

Qui coisa isquisita !

- Leonô, num é isquisito,

ará !!, xô musquito.

Eu sempri quis ti falá,

brigadu por mi ajudá.

- Ah, bestera véio.

Fica ai que vô coá café.

- Vorta logo Leonô.

- Véio acórdi véio,

qui mania de tuda hora drumi.

Acórdi véio...

Acórdi véio...

Ai meu Deus oqui será dimim,

sem meu véio

que foi tão bão pra mim,

Meu Deus !

na mão do véio

vô pô um jasmim.


4 comentários:

  1. Que triste,mas é a realidade,ninguém sabe qdo será a ultima prosa...vamu apruveitá essa vida sô...quem sabe qdo nóis vai vortá?..parabéns Luciano..lindo este tb..

    kadija

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  2. Gostei ate demais..visi...e o mio poema que eu ya li sabe..gostei ate por demais ijjiijjiijiji!!..isa.Hamagashira!!.desde o pais dos olinhos puxados!!

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  3. É por isso que nunca devemos deixar de falar o que sentimos, de demosntrar o nosso afeto e de valorizar as pessoas que amamos. Nós não sabemos quando será a úrtima prosa.

    Um poema bem de raíz, sensível, simples e profundo!! Parabéns!!

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  4. Jeito poético de dizer: " Viver cada dia como se fosse o último" Parabéns, Luciano, meu amigo poeta!

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