na montanha, bem no altão,
ficava a modesta
casa,
que para quem a habitava,
era melhor que uma mansão.
Abrigava uma
gente que muito peleava,
que da janela assistia a guerra,
mas que lá
dentro vivia em paz,
que sentia a usurpação,
mas ainda assim partilhava o
pão,
que temia a crueldade,
mas que mantinha a bondade.
E assim
viviam,
o pai no pastoreio,
a mãe no asseio,
o único filho em um
decidido devaneio,
o de tudo largar,
de imigrar,
esperançoso falava aos
pais:
- Vou pra América,
mas volto para buscá-los.
E foi.
Daquele
dia em diante,
a mãe a janela nunca mais fechou,
na esperança de que o
filho,
quando retornasse,
já de longe a avistasse,
e sentisse,
que
em seu humilde lar,
o sol nunca deixou de brilhar.
Bem embaixo da janela a
mãe plantou,
um pé de flor vermelha,
para que o filho,
ao chegar a
apanhasse,
e com um sorriso lhe presenteasse,
O pé cresceu,
atingiu a
altura da janela,
ali a flor vermelha desabrochou,
a guerra já
terminou,
o pastor se cansou,
e o filho não voltou.
Continue sempre assim !
ResponderExcluirBelíssimo poema... :~
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