quarta-feira, 19 de setembro de 2012

LUA GRANDE


Era noite de lua grande,
que tudo iluminava e,
  apreciando estava,
um homem que não dormia,
pensava.
Tinha sonho acordado,
e por isso mesmo,
por não ser verdadeiramente sonho,
nem poderia ser realizado.
Divagava em lembranças de um passado,
que nem passou,
eram somente coisas
que um dia acordado ele sonhou,
e acreditou.
Ah, que mania de sonhar sem dormir,
e do sonho ainda querer rir !
E lá o homem continuava...
 O amanhã ele matutava,
nem que já era hoje percebeu,
tanto divagou,
que até a lua grande cansou,
e o abandonou.
Mas ele nem se importou,
sabia que ela voltaria
e se ela ali não o visse,
seria ela que matutaria:
Será que foi ele que me deixou?
É, dessa vez ele acertou,
ela voltou,
e ainda mais forte brilhou,
como se o quisesse achar
e não achou.
E não é que ela realmente matutou !
E sabiamente concluiu:
O fato de brilhar,
não me dá o direito de esnobar,
se eu tivesse ficado,
mesmo com um tom ofuscado,
meu amigo também me contemplando ficaria,
e pra ele de qualquer jeito eu brilharia,
mas agora nenhum valor tem minha luminosidade,
pois toda minha intensidade,
pra ele é apenas saudade.


Um comentário:

  1. Bonito poema... o cara deveria ter voltado pra lua... mas de repente se ele fosse voltar, ela também só de capricho o esnobaria... quem daria o braço a torcer? por isso que os dois explodiram o vômito de si depois de terem bebido vinho... : )

    ResponderExcluir