Era noite de lua
grande,
que tudo iluminava e,
apreciando
estava,
um homem que não
dormia,
pensava.
Tinha sonho acordado,
e por isso mesmo,
por não ser verdadeiramente
sonho,
nem poderia ser
realizado.
Divagava em lembranças
de um passado,
que nem passou,
eram somente coisas
que um dia acordado ele
sonhou,
e acreditou.
Ah, que mania de
sonhar sem dormir,
e do sonho ainda
querer rir !
E lá o homem continuava...
O amanhã ele matutava,
nem que já era hoje
percebeu,
tanto divagou,
que até a lua grande
cansou,
e o abandonou.
Mas ele nem se
importou,
sabia que ela
voltaria
e se ela ali não o
visse,
seria ela que
matutaria:
Será que foi ele que
me deixou?
É, dessa vez ele
acertou,
ela voltou,
e ainda mais forte
brilhou,
como se o quisesse
achar
e não achou.
E não é que ela
realmente matutou !
E sabiamente
concluiu:
O fato de brilhar,
não me dá o direito
de esnobar,
se eu tivesse ficado,
mesmo com um tom
ofuscado,
meu amigo também me
contemplando ficaria,
e pra ele de qualquer
jeito eu brilharia,
mas agora nenhum
valor tem minha luminosidade,
pois toda minha
intensidade,
pra ele é apenas
saudade.
Bonito poema... o cara deveria ter voltado pra lua... mas de repente se ele fosse voltar, ela também só de capricho o esnobaria... quem daria o braço a torcer? por isso que os dois explodiram o vômito de si depois de terem bebido vinho... : )
ResponderExcluir