quarta-feira, 30 de maio de 2012

LIÇÕES DA PRAÇA


Sentado na praça, num banco, que fica num canto,

sinto o odor das flores e contemplo as cores.

Vejo o bailar dos pássaros

em vôos de liberdade. Igual a que tenho,

porém, não a faço uma  verdade.

A fonte luminosa e jorrante

 esplendorosa,

brilhante,

pela qual descem véus de água cristalina,

que vão e vêm,

ensinando que os ciclos se renovam,

e que todos,

a seus respectivos tempos,

beleza peculiar ostentam.

A banda no coreto postada,

toca as músicas da saudade,

aquelas do tempo em que tive vaidade,

Observo o ziguezague de pessoas ao redor,

as moças com marcha à direita,

os moços à esquerda,

se cruzam, flertam e se vão,

não é tudo que se admira que se pode ter,

não é tudo que está no caminho que vai ficar.

Praça, simples praça,

cheia de sabedoria,

cheia de graça,

 nela descanso,

num remanso,

e com suas lições

paz alcanço.


2 comentários:

  1. Luciano, parece que vc descreveu a praça de São Joaquim da Barra, o footing, enfim, a minha praça de ontem, de hoje, de sempre. Só faltou o coreto e a banda do nosso eterno Maestro Bonutti. Coreto em volta do qual, ao som da banda, meus irmãos e eu brincávamos, meus filhos e netos brincaram e hoje brincam meus bisnetos. " A mesma praça, os mesmos bancos, as mesmas flores, o mesmo jardim ". Como vê, caro amigo, a arte não tem lugar nem tempo. A arte, a sua arte é eterna.

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  2. Aqui em Campo Grande, as moças iam e vinham enquanto os moços ficavam parados observando r jogando flerte pra cima delas...Fiz uma matéria na revista GENTE , rememorando aqueles tempos e foi muito bom para matar saudades.
    É muito bom a gente ter vivdo estas coisas.

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